A descrição do prédio do Hospital Antônio Moreira da Costa feita pelo Jornal “Correio do Sul” (nº1.421) de 28 de novembro de 1943 é muito interessante. Há indicação de ruas que hoje não mais tem esse nome e há interpretação da forma do prédio no espírito social-político da época em que se vivia (1943).

 

Transcrição sem modificações da notícia do saudoso Correio do Sul:

 

“O edifício principal dista das ruas Joaquim Neto, João Euzébio e Custódio Ribeiro, vinte metros pelas três frentes e da rua D.Pedro II, pelos fundos, cerca de cinqüenta metros. Tem a forma de um avião de quatro asas. Nas duas asas anteriores ficam: Provedoria, secretaria, 8 quartos de primeira classe,duas salas de banho, quatro apartamentos de luxo com serviço próprios, Capela, clausura com três celas,sala de banho e sala de trabalho. Há ainda nesse pavilhão, além de um corredor com 56 metros de comprimento por 2,40 de largura, dois halls e armários rouparia. O corredor é iluminado por janelões basculantes de vidro e aço. Vem, em seguida, o corpo do avião ou centro do prédio, de onde, em movimento irradiante, parte todo o serviço de assistência do Hospital para as quatro asas. Ai estão de um lado laboratório de pesquisa,farmácia, sala de cirurgia, sala asséptica, sala de esterilização, vestiário médico, sala de partos, sala de esterilização com estufas e banheiro para os recém nascidos; do outro lado sala de eletroterapia, de raios X com vestiário e câmara escura, sala de espera, consultório para clínica de ambulatório, sala séptica e berçário, tudo isso servindo de um corredor central de 37 metros de comprimento por 2,6 de largura. Nas asas posteriores alojam as enfermarias de indigentes, sendo três destinadas aos homens e duas às mulheres, uma às parturientes e uma às crianças. Nas extremidades dessas duas asas ficam os WW.CC e as portas que dão para os páteos de repouso dos doentes pobres.”