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Nossa história

Fundação

Os trabalhos do Hospital Antônio Moreira da Costa tiveram início no endereço: Rua João Antônio Dias, atualmente - Colégio Tecnológico - e funcionava com o nome de Santa Casa.

 

Era uma edificação colonial, com entrada central e quatro janelas, duas de cada lado da entrada. O acesso era feito por duas escadas laterais que se uniam em frente à porta da entrada, fazendo um pequeno patamar. O prédio era cercado por muros e grades, e não possuía acesso em rampa e tão pouco acesso a viaturas.

 

Em assembleia geral, no Clube Literário e Recreativo Santarritense, em 28 de outubro de 1910, era organizado o primeiro estatuto do Hospital, que em seu primeiro capítulo descreve:

Fica fundada nesta cidade a Santa Casa de Caridade, como associação de beneficência, com a denominação “Hospital Antônio Moreira da Costa”. Tratará gratuitamente pessoas pobres da cidade que se enfermarem, sem distinção de sexo, nacionalidade ou crença, e que sejam declaradas indigentes. A prova da indigência será atestada pela autoridade policial ou judiciária, mas sempre precedendo o exame médico”.

 

Os que não eram indigentes, tratados como pensionistas, pagavam uma diária previamente fixada. A Santa casa tinha por obrigação sepultar os indigentes que eram ali tratados.  Havia sido construída sobre um cemitério, anteriormente transferido para outro local. Isso por volta de 1890. Era localizada onde hoje é o Colégio Tecnológico e era chamada “O Casarão da Ladeira do Buracão”.

O Hospital funcionou neste local até 1944, quando então foi transferido para o novo edifício, especialmente construído pela comunidade e, que era na época, o mais arrojado da região.

 

Pacientes com doenças infectocontagiosas não eram admitidos no Hospital. Seus sócios eram obrigados a contribuir com jóia de 5$000 e anuidade de 8$000 (contos de réis), sócios esses, divididos em quatro classes: Beneméritos, Remidos, Contribuintes e Honorários. Pagando quantia não inferior a 1.000$000, seria considerado sócio benemérito. Só os sócios do sexo masculino tinham o direito de votar e serem votados.

 

O médico marcava um ou mais dias da semana para realizar consultas gratuitas no Hospital, tendo as receitas aviadas à custa da casa, para os indigentes. Os enfermos eram obrigados a usar roupas de brim como uniforme. 

O mandato da mesa administrativa durava dois anos e a primeira, ficou assim constituída: José Luiz de Souza Menezes (Comendador Menezes, que por vários anos ficou à frente da Santa Casa), Juca Castelo, José Pinto Vilela, Antônio de Cássia Rodrigues Dias e outros.

 

Comendador Menezes, Português, era genro do Sr. Acácio Vilela, irmão do Sr. Manéco, gerente do Banco Santarritense, único em Santa Rita. Ocupava o cargo por pura paixão e trabalhava gratuitamente. Cel. Francisco e Cel. Inácio, mais uma vez, vão para a casa do Comendador Menezes comunicar-lhe que havia sido reeleito. Este já os aguardava de fraque e chapéu coco, em casa com um vinho do Porto.

 

Entram... sentam-se na sala de visitas e começam a preleção: -“vimos aqui para comunicar-lhe que, uma vez mais, o senhor foi reeleito PROVEDOR de nossa querida Santa Casa”.

Comovido, esfregando as mãos, diz: -“Honras não se recusam...”.

Outra vez ocuparia o cargo de sacrifício.

 

Em 02 de janeiro de 1926, era contratado Sr. Newton Azevedo, o primeiro farmacêutico da Santa Casa, ganhando sessenta mil réis. Antônio de Freitas, com salário mensal de cem mil réis foi um dos primeiros enfermeiros.

 

Em 1927, assumem a Santa Casa os Srs. Feliciano Teles, Adelino Carneiro Pinto, Frederico Adami e Braziliano Salomon.

Naquele mesmo ano, criaram-se os cargos de Ecônomo e Protetores, que deveriam prestar serviços durante um mês cada um. Eleitas Ordália de Faria, Esthefânia Rennó, Zarifa Abrahão entre outras. Eleitos também: Martiniano Ribeiro, Carmelo Carneiro de Abreu, José Antônio Vono, Herculano Silva e outros.

 

Em 1928 assume Frederico de Paula Cunha, farmacêutico conceituado e futuro prefeito.

 

Em 1929, Monsenhor Calazans, trouxe de Jacarepaguá, Rio de Janeiro, as irmãs BRANCAS, as SERVAS DE MARIA, para dirigir o Hospital, e também a querida IRMÃ RITA, conhecida por todos e, que hoje, jaz em nosso cemitério, com vários milagres aí presenciados.

 

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